sexta-feira, 22 de junho de 2012

“— Anna.

— Oi amor.
— Anna. 
— Oi mô. 
— Anna. 
— Oi Thomas.
— Anna. 
— Oi. 
— Anna. 
— Que foi Thomas? Fala! Abre a boca, tô aqui. Diz o que quer.
— Joga vídeo game comigo? 
— Não amor! 
— Por favor! 
— Não, e até falar nisso, abaixa o volume. Tá alta demais e eu tô querendo dormir.
— Tem certeza de que não vai vir jogar comigo? 
— Tenho amor. 
— Ok. — Ele levanta, aumenta o volume. Troca de controle, pega o sem fio. Vai em direção ao sofá onde ela estava deitava e se joga em cima dela. 
Ela grita.
— Sai de cima Thomas, tô sem ar. 
— Vai jogar comigo? 
— Não, sai de cima cara. Tá doendo, sai. 
— Vai jogar? 
— Vou, vou, vou, vou! Satisfeito? 
— Diz que me ama.
— Eu te amo Thomas, agora sai. 
— Diz que me quer. 
— Eu te quero, Thomas. — Ela ri. 
— Diz que minha barriga é a melhor de todas? 
— O quê? — Ela não para de rir. 
— Diz logo! 
— Thomas, sua barriga é a melhor. 
— Eu sei! 
— Agora sai! 
— Não! 
— O quê? Eu falei tudo o que você pediu. 
— Mas tá gostoso aqui! 
— Thomas, sai. — Ela faz força e ele sai. 
Ela levanta, ele ri. — Eu vou contar de um até três e você corre porque se não eu te mato. 
Ele ri. 
— Um… Dois… Não vai correr? 
— Correr de você? Nunca.”


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